Se volete farci chiudere, mandateci la polizia. Lo dice il direttore di Radio Despertar, emittente angolana legata al partito di opposizione UNITA - ragazzi, che ricordi, la mia generazione di imbecilli scendeva in piazza per l'Angola e ora quegli stessi imbecilli che scendevano in piazza siedono su ben altri scranni e vengono a dire a gente come me, allora iscritta alla federazione giovanile repubblicana, che fare la fila a Cologno per diventare veline è meglio, o comunque meno deprecabile - dopo che il regolatore angolano ha annunciato una sospensione temporanea della licenza. Temporanea, neh? Solo tre mesi. Luglio, agosto, settembre... Ehi, ma a settembre in Angola si vota! Ah sì? Davvero? Eh,già, eh già. Si', ma che volete farci sono questioni tecniche, Despertar ha la licenza per Luanda, ma nel nord del paese, nella sperduta Uìge, Radio Nacional è interferita. Nao, nao, non ci siamo, adesso spengete bambini, ne riparliamo dopo le elezioni.
Nella sarcastica eleganza della lingua portoghese, l'ambasciatore angolano a Lisbona, consultato da Patricia Vìegas del Diàrio de Noticias, replica di non aver nada mais a acrescentar ao que foi dito.
Nella sarcastica eleganza della lingua portoghese, l'ambasciatore angolano a Lisbona, consultato da Patricia Vìegas del Diàrio de Noticias, replica di non aver nada mais a acrescentar ao que foi dito.
"Não vamos deixar de emitir, a não ser que mandem a polícia"
PATRÍCIA VIEGAS
Angola. O director da rádio Despertar falou sobre a ordem de suspensão ao DN
"Não vamos deixar de emitir, a não ser que mandem a polícia", declarou ao DN Alexandre Solombe Neto, actual director da rádio Despertar, acrescentando que enviou uma carta aos ministérios da Justiça e da Comunicação Social angolanos a contestar a notificação de suspensão que recebeu do Instituto das Comunicações Angolano (INACOM).
A notificação dizia que a estação, tida como próxima da UNITA, iria ser suspensa durante 180 dias por estar a cobrir uma área superior à autorizada pelo alvará, ou seja, Luanda. O documento, citado pela Lusa, refere que no Uíge, Norte de Angola, as emissões da Rádio Nacional de Angola estavam a sofrer interferências produzidas pelas da Despertar.
"O despacho não explica quando entra em vigor o período de suspensão e, por isso, estamos a emitir, enquanto esperamos resposta à carta", explicou Alexandre Solombe Neto, considerando curioso o facto de a rádio Ecclesia não ter sido visada, apesar de estar na mesma situação. "O INACOM faz favores ao Governo [que é dominado pelo MPLA]. Talvez eles não queiram arranjar uma guerra com a igreja [Católica]. Estamos numa situação de filhos e enteados."
Questionado sobre uma eventual leitura política desta decisão, diz que há uma coincidência entre ela e as declarações feitas pelo porta-voz do MPLA, Kwata Kanawa, o qual considerou "preocupante" a linha editorial seguida pela rádio Despertar.
A estação foi criada em 2006, na sequência dos acordos de paz, sendo a substituta natural da rádio que durante a guerra era o órgão oficial da UNITA de Jonas Savimbi. Mas ao contrário da Vorgan tem estatuto legal e carácter comercial.
"Isto é uma maneira de calar esta rádio durante o processo eleitoral [para as legislativas de Setembro]. Não porque ela apoia a UNITA. Mas porque dá espaço a todos os partidos e aos problemas das pessoas", afirmou ao DN Emanuel Lopes, secretário para a Informação da UNITA.
O director nacional de Informação do Ministério da Comunicação Social angolano, Luís de Matos, garantiu à Lusa que "não se trata de uma decisão política mas técnica". Ao DN o gabinete de imprensa da embaixada de Angola em Lisboa disse não haver, neste momento, "nada mais a acrescentar ao que foi dito".
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