O Povo di Fortaleza intervista a Rio de Janeiro José Carlos Asbeg, regista di un documentario che celebra il mezzo secolo dall'affermazione della nazionale brasiliana al campionato del mondo di calcio, Svezia '58. A contorno, il giornale pubblica una rievocazione di un'epoca in cui il tifo calcistico era solo radiofonico. A Fortaleza il pubblico si riuniva in Praça do Ferreira per ascoltare dagli altoprlanti le radiocronache di Radio Banderaintes, che trasmetteva in catena per tutto il Brasile le partite e per questo era diventata per tutti la Cadeia Verde-Amarela, la catena giallo-verde.
Per Asbeg il 1958 fu l'anno in cui il resto del mondo scoprì il Brasile. Il suo film raccoglie le interviste ai giocatori della storica finale vinta contro i padroni di casa svedesi. L'assenza cospicua è quella di Pelé, il regista ammette con rammarico di non essere riuscito a fissare un appuntamento con il giocatore simbolo di un secolo di calcio.
Per Asbeg il 1958 fu l'anno in cui il resto del mondo scoprì il Brasile. Il suo film raccoglie le interviste ai giocatori della storica finale vinta contro i padroni di casa svedesi. L'assenza cospicua è quella di Pelé, il regista ammette con rammarico di non essere riuscito a fissare un appuntamento con il giocatore simbolo di un secolo di calcio.
SÓ DE OUVIR
Torcida pelas ondas do rádio
Roberto Leite
da Redação
Em 1958, o fortalezense só tinha o rádio para acompanhar os jogos da Seleção brasileira na Copa do Mundo. Sem o recurso da televisão, as transmissão radiofônicas eram responsáveis por emocionar e transportar o ouvinte à Suécia, onde o escrete atuava
28/06/2008
Clique para ampliar foto Praça do Ferreira nos anos 50, o local preferido para a torcida acompanhar os jogos do Brasil na Copa (Banco de dados)
O clima na Praça do Ferreira começava a esquentar cedo naqueles idos de 1958. E não por causa da temperatura de Fortaleza, sempre acima dos 30 graus. Mas pelo acúmulo de pessoas em frente a um grande placar, situado na esquina das ruas Major Facundo e Guilherme Rocha. Lá, podia se ver os resultados dos jogos da Copa do Mundo. No sistema de auto-falantes, o narrador Pedro Luiz soltava o gogó na partida com a União Soviética.
"A cada gol, as pessoas pulavam, soltavam fogos. Era uma verdeira festa!", relembra o pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo - o Nirez. Ele lembra que a televisão estava longe de chegar ao Ceará, e assim, o rádio era a única forma de acompanhar os jogos. "Na época, a Rádio Bandeirantes transmitia em cadeia para quase todo o Brasil. Era a Cadeia Verde-Amarela."
Cristiano Câmara, também pesquisador, explica que o rádio criava um espaço lúdico com relação à Seleção brasileira. "Os narradores esportivos criavam uma verdadeira imagem mítica dos jogadores e do que acontecia lá", explica. Quem concorda é Nirez. "A transmissão era como se fossem os nossos olhos lá no campo."
Medo da derrota
O Brasil ainda guardava o rescaldo das campanhas de 1950 e 1954, quando a Seleção voltou para casa sem o tão sonhado título mundial. "Em 50, fez-se uma festa antes da hora. E o Uruguai foi lá e tomou o título da gente. Mas os brasileiros entraram em campo meio que de sapato alto, sabe?", recorda Cristiano Câmara. Nirez pontua que em 54, o escrete sentiu a pressão também. "Nós fomos para (a Copa de) 54 e paramos ali na Hungria (o Brasil foi eliminado pelo húngaros nas quartas-de-final, por 4x2)."
"Então, o torcedor sempre tinha o desejo de acompanhar um titulo mundial", lembra Cristiano Câmara. E naquele ano, a cada vitória, o torcedor cearense renovava as esperanças. E sempre perto do rádio. "As famílias se reuniam, convidavam os amigos. Era aquela festa!" Outras, como Nirez bem lembra, iam para a Praça do Ferreira, acompanhar o som no auto-falante o telão com o placar dos jogos.
Imaginário
"A gente acreditava em tudo que o rádio dizia. Então, cada lance era uma grande emoção", diz Nirez. Ao que Cristiano Câmara reforça. "O rádio é dinâmico. Então você fica ali escutando. Cada lance é como se fosse o último e fica se esperando aquele jogador milagroso, salvador, que vai fazer em um minuto o que não se fez em 90."
As imagens dos jogos só seriam vistas dias depois, em narrações antes dos filmes, no Cine São Luiz. Mas aí o torcedor já havia gritado, comemorado e mais do que isso, imaginado. Trazido a Suécia para dentro de casa, através das narrações do rádio. Emocionado-se como qualquer um dos torcedores que presenciaram ao vivo as vitórias brasileiras.
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