Non vorrei sembrare polemico con quei radioamatori e radioappassionati italiani che una volta all'anno si recano in pellegrinaggio in una scuola media per propagandare i loro hobby, ma mi sembra che lo stato brasiliano del Mato Grosso ha un'idea senz'altro più efficace di che cosa voglia dire "radio nella scuola". Una legge "estadual" appena approvata dal locale parlamento e voluta dal deputato Alexandre Cesar, dell'assessorato alle comunicazioni, promuove la realizzazione nelle scuole pubbliche di microstazioni radio destinate a fungere da strumento didattico. Una forma di "educomunicazione" promossa in Brasile da ONG come l'Instituto Ayrton Senna. Grazie alle emittenti scolastiche gli alunni impareranno a fare radio per potenziare le loro capacità linguistiche e di relazione, il loro senso di responsabilità e naturalmente la loro conoscenza della tecnologia e dell'informatica. Considerando che oggi costruire lo studio di una Web radio costa veramente poco, questa è un'idea che potremmo discutere anche qui, no?
RÁDIO ESCOLA
Lei de Alexandre sobre rádios nas escolas públicas é aprovada
A iniciativa prevê que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) atue de forma integrada com a direção das escolas, grêmios estudantis e entidades interessadas para o funcionamento das rádios
ANDREA GODOY Assessoria de Comunicação
Foi sancionada e publicada no diário oficial de 10/06/08 do Estado de Mato Grosso, a Lei Estadual nº 8.889/08 de autoria do deputado estadual Alexandre Cesar. Ela dispõe sobre a implantação do programa Rádio Escola Independente na rede Estadual de ensino. Através de mini-estações de rádio, em cada unidade escolar, os alunos poderão trabalhar todas as áreas de ensino, códigos, linguagens, ciências exatas, humanas e sociais.
O programa vai trazer diversos benefícios aos estudantes, enumerados na própria Lei, como o desenvolvimento da criatividade e do senso de responsabilidade; a exploração das potencialidades pedagógicas do rádio para a difusão de conteúdos escolares; a promoção da educação ambiental na escola de forma interdisciplinar; a contribuição para a formação do jovem e o estímulo ao exercício da cidadania; o combate à violência e o favorecimento à cultura de paz no ambiente escolar.
A iniciativa prevê que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) atue de forma integrada com a direção das escolas, grêmios estudantis e entidades interessadas para o funcionamento das rádios. O dispositivo também sugere que o governo celebre parcerias com municípios, ONGs e empresas privadas, mediante instrumentos específicos previstos na legislação vigente. Já as despesas para a implantação do programa Rádio Escola, deverão estar previstas no orçamento, com dotações financeiras próprias.
O deputado Alexandre Cesar se baseou no conceito de educomunicação para apresentar o projeto. A educomunicação designa todos os esforços realizados pela sociedade no sentido de aproximar os campos da cultura, comunicação e educação. Recentes pesquisas do Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP constatam que a educomunicação é efetivamente um campo emergente de prática social, com referenciais teóricos e metodológicos próprios.
Trata-se de um campo que nasce na sociedade civil, consolidando-se ao longo dos anos 70 a 80, especialmente na prática das ONGs que passaram a usar os meios de comunicação para executar seus projetos no campo da cidadania. Já nos anos 90, são os próprios meios de comunicação que começam a adotar práticas educomunicativas, ampliando os serviços educativos através das emissoras de rádio e TV, assim como através da internet. Multiplicam-se também as emissoras comunitárias de rádio e de televisão, muitas delas com intensa atividade na área educomunicativa.
Em 1999, durante o Fórum sobre Mídia e Educação, algumas organizações como a Federação Nacional de Jornalistas, a Fundação Roberto Marinho, o Instituto Ayrton Senna e o Projeto Cidade Aprendiz, entre outras, e o próprio Ministério da Educação, passam a reconhecer o conceito de educomunicação, como um campo emergente de intervenção social e de prática profissional.
A educomunicação se desenvolve através de áreas específicas de atividade, entre as quais, “educação para a recepção crítica dos meios de comunicação”, a “mediação tecnológica em espaços educativos”, a “expressão comunicativa através das artes” e “gestão da comunicação em espaços educativos”. O programa proposto apresenta-se como uma aplicação do conceito de educomunicação com ações nas quatro áreas descritas.
“O programa que implanta estações de rádio nas escolas privilegia, o emprego da linguagem radiofônica através da introdução de um laboratório de rádio em cada unidade estudantil. Assim, objetiva o desenvolvimento de praticas pedagógicas solidárias e colaborativas que permitam à comunidade escolar dar respostas construtivas aos problemas da convivência diária, além de propiciar uma melhora na compreensão e na aprendizagem das várias linguagens próprias da sociedade da informação, conforme recomenda a nova LDB e os parâmetros curriculares para o ensino fundamental”, justifica Alexandre Cesar.
www.alexandrecesar.com.br
Assessoria de Comunicação
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